terça-feira, 28 de julho de 2009

Reconhecimento olfativo em adolescentes

Francisco B. Assumpção Jr. e Samantha Adamo

Resumo

Os autores avaliaram 125 adolescentes com idades entre 11 e 17 anos de idade, provenientes de escola estadual da cidade de São Paulo, por uma bateria de 12 odores diferentes. Em um primeiro momento foi pedida a identificação dos respectivos odores sem nenhum estímulo facilitador, imediatamente após pediu-se sua identificação a partir de quatro alternativas para cada um. Vinte e cinco dias após, foram reapresentados sem nenhum estímulo facilitador. Os dados foram analisados a partir do teste T e, da análise de variância (Anova) sendo observado pequeno índice de reconhecimento na primeira exposição, reconhecimento total com as quatro alternativas apresentadas e reconhecimento parcial, superior à primeira apresentação, 25 dias após. Não se observaram diferenças quanto à idade, e alguns dos odores foram mais facilmente reconhecíveis que outros. Concluiu-se que a nomeação dos odores depende de aprendizado mesmo que as diferenças entre eles seja percebida. Da mesma forma, o aprendizado mostrou-se importante para a estocagem das informações, o que é percebido na apresentação 25 dias após. Embora o teste não possa ser utilizado a partir de um ponto de corte que defina normal e patológico, pode ser utilizado para avaliar diferentes populações com problemas neuropsiquiátricos para, gradualmente, se estabelecer padrões de normalidade.

Reconhecimento olfativo em adolescentes - Trabalho realizado como parte das atividades do projeto “Distúrbios do desenvolvimento”, Departamento de Psicologia Clínica do IPUSP.
Francisco B. Assumpção Jr. - Professor associado do Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: cassiterides@usp.br
Samantha Adamo - Fonoaudióloga, Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo

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