terça-feira, 21 de abril de 2009

Marketing olfativo: fragrâncias são usadas por empresas para atrair clientes

24 de julho de 2008 às 00:01
Info Money


O marketing olfativo é relativamente novo, na comparação com as demais práticas de marketing", explica o professor de Marketing da Trevisan Escola de Negócios, Joaquim Ferreira Sobrinho. "Ele ajuda a fixar a marca entre os consumidores, gera credibilidade e atrai clientes".

Não é à toa que a empresária Mariangela Russi Blois, proprietária da loja de roupas infantis Mariangela Blois Pour Des Enfants, que fica no Shopping Pátio Paulista, em São Paulo, apostou no invento. "Contratei uma empresa que cria essências customizadas, porque, como as fragrâncias têm a ver com a identidade da marca, não podem existir duas iguais", explica.

Ela conta que, para a criação da essência, respondeu a um questionário que pedia muitas informações acerca da empresa, tais como o perfil do público que pretendia atingir, descrição dos produtos comercializados e o que ela gostaria que mudasse na empresa. "Meu medo era que o cheiro fosse muito forte e originasse dor de cabeça nos clientes. Felizmente, a fragrância não é enjoativa".

Por que investir no marketing olfativo
Mariangela afirma que, desde que investiu na fragrância, em março deste ano, houve um aumento no fluxo de clientes. "A loja é toda voltada para a estimulação dos sentidos das crianças, mas faltava estimular o olfato. Faltava um cheirinho diferenciado", lembra ela. "Hoje, muita gente é atraída pelo cheiro, que ultrapassa a porta da loja. Tem gente que até quer comprar a fragrância, mas não está à venda".

Quem também apostou no marketing olfativo foi a Baccarat, que comercializa os cristais puros, em peças de decoração, lustres e jóias. A gerente da loja, Iledy Lovro, diz que a empresa queria atrair o público e tornar o ambiente mais agradável, por meio da essência. "A fragrância é muito sutil. Os clientes gostam", avalia.

A Air Berger é uma das empresas que cria e comercializa fragrâncias. O representante dela no Brasil, Marcelo Ginzberg, garante que os aromas são capazes de modificar o comportamento das pessoas, na hora das compras. "Ela origina conforto e identidade olfativa à marca", sublinha.

Fique atento aos riscos
No entanto, nem tudo é tão perfeito quanto parece. O professor da Trevisan Escola de Negócios alerta que o marketing olfativo implica um lado positivo e outro negativo. Ele explica: "o cheiro pode tanto atrair o consumidor quanto repelir. Se for muito forte, além de as pessoas deixarem de comprar na loja, podem passar mal". A dica, portanto, é escolher o aroma com cautela.

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