quarta-feira, 22 de abril de 2009

Identidade / Memória Olfativa

Nosso computador pessoal (cérebro) registra informações desde o útero. Sabemos que os registros podem ser buscados a qualquer momento,bastando um gatilho de ordem emocional ou mesmo físico para que a lembrança aflore.

Falar de memória olfativa poderia nos remeter em uma fração de segundos ao útero materno, primeiro aconchego de impressões sensoriais do ser humano em estado de matéria. As pesquisas comprovam que o bebe reconhece sua mãe pelo cheiro e que o padrão do sistema límbico, responsável pela memória, sentimentos, reações instintivas e reflexos, gera arquivos de memória que nos acompanham pela vida afora.

Tudo isso recebemos através do mais primitivo dos sentidos,o olfato, que está diretamente ligado aos mecanismos fisiológicos que regem as emoções. Todo este processo tem um caminho certo: o aroma passa pela narina e atinge o sistema límbico.

Este conjunto complexo de mecanismos nos remete à lembranças que, no caso dos aromas, marcam momentos em nossas vidas. Algumas pessoas têm uma memória olfativa mais aguçada que outras. O cérebro armazena informação e para pessoas com este grau de percepção as lembranças vêem com a riqueza de detalhes da experiência vivida.

Os vários cheiros têm muito a nos dizer, tanto de forma positiva quanto negativa. Este processo nos leva a ressuscitar lembranças que podem destravar processos bloqueados. Estamos falando aqui sobre indivíduos e o que este processo pode operar nele. Em um grupo maior os efeitos podem ser muito positivos e este é o segmento que a Identidade Olfativa procura como diferencial. Nosso cérebro conhece nossas experiências e podemos compará-lo ao hardware que armazena programas complexos em informação e sensação.

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