segunda-feira, 11 de maio de 2009

IDENTIDADE OLFATIVA / MEMÓRIA OLFATIVA

Em 2002,a Cidade das Ciências e da Indústria de La Villete, em Paris, organizou uma exposição multimídia e sensorial no qual o visitante se torna o próprio agente da mostra.
Através de uma experiência sensorial o visitante passava por um teste que media a importância da memória olfativa e gustativa, confrontando as experiências pessoais aos últimos progressos científicos. O que antes era considerado apenas uma imaginação literária “Síndrome de Proust” *, é hoje, cientificamente comprovado: o olfato intervém de forma significativa na memória autobiográfica; a memória olfativa seria, inclusive o último estágio de proteção da memória.
O visitante tem a oportunidade de entender como seu cérebro estrutura seu pensamento, sua memória e sua identidade. É remetido ao “patrimônio cerebral”, ou seja, levá-lo a evidenciar as relações entre o cérebro e o contexto sensorial afetivo e cultural.
Sabemos hoje que as empresas massificam suas campanhas publicitárias, nos principais meios de comunicação, explorando apenas os sentidos da visão e audição (TV, Rádio, Jornais, Revistas, Outdoor's, Internet, etc.); como também apelam para a publicidade visual nos pontos-de-venda (Cartazes, Banner's, etc.). Porém, o olfato é o sentido mais sensível que possuímos,e o menos explorado pelo marketing.

Visando suprir esta lacuna, americanos e europeus – no final da década de 80 - preocuparam-se em dar mais atenção ao olfato de seus clientes em seus planejamentos de marketing. Passaram a incorporar aos seus produtos aromas agradáveis que pudessem tocar a sensibilidade do consumidor. Visto o êxito alcançado com tal campanha, passaram a adotar - em meados da década de 90 - esta estratégia de aromatização aos ambientes do ponto-de-venda, vinculando produtos e imagem da empresa ao aroma presente no local. Assim surgiu o que chamamos de Marketing Olfativo.

Ainda a muito que se desenvolver e aprimorar no Marketing Olfativo. Porém, algumas poucas empresas especializadas já deram o ponta-pé inicial e hoje conseguem realizar ótimos trabalhos de inovação e diferenciação para seus clientes. Nota-se que no Brasil o Marketing Olfativo está em franca expansão; já na Europa e EUA, se caracteriza como uma tendência varejista, onde dificilmente encontramos um comércio que não possua um sistema de aromatização em suas dependências.

Hoje, o Marketing está na era do relacionamento, e a palavra-chave é personalização. As grandes redes de lojas de cosméticos americanas e européias utilizam no interior de suas lojas aparelhos capazes de transmitir aos clientes transeuntes as fragrâncias de seus produtos, atraindo-os assim pelo olfato para o interior da loja. Os sistemas de aromatização de ambientes também são muito utilizados em feiras e eventos, geralmente em lançamentos de novas linhas de produtos.
A tendência mundial, nos próximos anos, é que todos os ramos de negócios adotem esta ferramenta de Marketing. Trata-se de uma inovação barata que, além de valorizar e personalizar a marca, cria um diferencial na empresa.
Fonte: Cybele Fiorotti

Nenhum comentário: